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Motorista escapou de execução na Cidade Baixa porque se abaixou, diz delegado

Fotos: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

A polícia ainda investiga o que levou ocupantes de um carro branco a atirarem na direção de um Palio Weekend na Avenida João Pessoa, próximo à esquina com a Venâncio Aires, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, na madrugada desta quinta-feira. O passageiro do Palio, Neimar Brizolla da Conceição, 30 anos, morreu na hora, atingido por pelo menos cinco disparos. Já o motorista, cujo nome não foi divulgado, escapou com ferimentos nos ombros e, mesmo após colidir contra um poste, saiu caminhando até o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde recebe socorro nesta manhã. De acordo com o delegado plantonista Amilcar de Souza Neto, o jovem de 33 anos sobreviveu porque se abaixou ao perceber os primeiros tiros. — Ele relatou informalmente (no HPS) que percebeu a aproximação de um carro. Achou que queria ultrapassar e abriu para a direita, então percebeu que começou a ser alvejado e se abaixou. Isso salvou a vida dele, porque percebemos que três tiros ficaram alojados no encosto do carro, bem onde atingiriam a cabeça dele — disse o delegado. Após se abaixar, o condutor perdeu o controle e colidiu em um poste. O amigo morreu na hora, enquanto ele se levantou e, cerca de 15 segundos depois.

O motorista ainda contou à polícia que ele e o amigo estavam mais cedo em um bar da Rua Nova York, na região do bairro Auxiliadora. Após saíram de lá, teriam passado em uma lancheria próxima ao viaduto da Avenida João Pessoa, onde comeram um xis. Por volta das 4h30min, quando eles voltavam para casa, foram alvejados por pelo menos 17 tiros — quantidade de marcas na lataria do carro. Segundo Souza Neto, o crime tem características diferentes das execuções registradas na Capital em função da guerra do tráfico de drogas. O primeiro indício é que as vítimas não tinham antecedentes criminais. Além disso, o armamento utilizado também difere. — Comumente vemos armas 9mm utilizadas pelos traficantes. Neste caso, trata-se em princípio de uma pistola, pelo número de disparos — aponta o delegado. — Mas é um indicativo circunstancial, não excludente. Souza Neto diz que não é possível ainda descartar nenhuma hipótese. O motorista disse que ele e o amigo não tinham inimigos, que não houve nenhuma briga antes do ataque e que não têm envolvimento com atividades ilícitas.

— Não se descarta que tenha ocorrido alguma confusão, que eles foram os alvos errados, como vimos recentemente (caso do estacionamento Zaffari), mas precisamos checar tudo ainda — concluiu Souza Neto. A polícia aguarda um exame pericial das imagens de videomonitoramento para tentar identificar o carro de onde partiram os disparos. Até agora, só sabe que é de cor branca. Com o modelo e as placas, irão tentar chegar nos criminosos.

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