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A Exclusão Pelos Defeitos


Tenho predileção pelos títulos ao escolher uma obra para leitura. Porque o titulo é como uma semente: ao colocá-la na terra já sabemos antecipadamente as características da árvore. Contudo, o título: “a exclusão pelos defeitos” me parece complexo, mas teria que ser este o título mais apropriado para o texto a seguir: Profeticamente Jesus afirmou: “E por se multiplicar a iniquidade o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). Ao refletir sobre o comportamento da atual geração, não podemos negar que vivemos dentro da profecia mencionada por Cristo. A iniquidade se multiplica porque encontra alimento farto no seio de todas as comunidades, inclusive dentro dos templos religiosos. Há um número crescente de pessoas que envelhecem na mentira, dizendo-se procurar a verdade, mas nunca a encontrando por uma razão simples: cheios de boas intenções, não conseguem avançar com o mesmo vigor nas boas ações, então eximindo-se de assumir um compromisso com a própria vida, embriagam a consciência com justificativas infundadas. São eles os críticos da nossa sociedade, que sempre dispostos a vasculhar defeitos alheios, perdem o direito de cuidar da própria alma. O tempo investido em observar os pecados do próximo, é o precioso tempo que devia ser utilizado para fazer o proveitoso autoexame dos próprios atos. Parece cômodo e confortável utilizar o medidor da iniquidade para proclamar-se o mais justo, colocando-se acima dos demais, mas saibamos que é o metro da mentira, comercializado pelo diabo para enganar os incautos. Infelizmente, pesquisadores e teólogos se dedicam mais a encontrar supostas contradições na Bíblia, do que assumir com disposição as verdades Nela contidas. Na mesma linha de pensamento aparecem nos templos muitos caçadores de defeitos. Cauterizados pelo pensamento e ideologia social não conseguem penetrar além do véu, isto é, no Santo dos Santos, onde habita a virtude e o amor, permanecendo na terra, quando deveriam ir para a Igreja para entrar no paraíso da terra prometida. Este moderno pecado tem sido o grande responsável por tantas separações matrimoniais e outras tantas divergências políticas e sociais. “Sempre o outro é o culpado”, num egoístico desejo de fazer o umbigo do centro do universo, trabalham pelo interesse pessoal, destruindo a instituição e o coletivo. Assumindo este papel, há o sepultamento definitivo do mais nobre vínculo de união que é o amor, e a luz do entendimento se apaga, colocando a vida sob densas trevas. Esta teoria conspiratória proclamada pelo diabo ganhou espaço e contaminou todas as redes de comunicação. Por isso Jesus afirmou: O amor se esfriará de quase todos. Vamos buscar a inclusão neste pequeno grupo que ainda pensa e acredita no amor e nas virtudes, construindo um elo de ligação pelo caminho do bem. Enquanto os santos se constroem pela mútua admiração das virtudes, os perversos se destroem e se excluem pelos defeitos. Jesus veio nos ensinar o grande patrimônio do amor. Ele amou sem restrições, para transformar pecadores arrependidos em santos. O amor é tão profundo e poderoso que contagiou doze rústicos pescadores, transformando-os em fiéis e amados discípulos. As contendas suscitam o ódio, enquanto que o amor cobre multidão de pecados. Que Deus nos abençoe com o orvalho do céu.


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