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Um novo Brasil surge a partir da Lava Jato

  • Celso Luiz Bender
  • 8 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Foto: Marcelo Bertani

A operação Lava Jato e a construção de um novo Brasil foi o tema do pronunciamento do deputado Tiago Simon (PMDB) no espaço do Grande Expediente da sessão plenária desta quarta-feira (7). “A deflagração da Operação Lava Jato ensejou o surgimento de um novo Brasil. Vivenciamos tempos inéditos, onde sopram ventos que varrem a corrupção endêmica que corrói há décadas as nossas mais caras instituições”, iniciou o parlamentar. Para ele, a Lava Jato representa a mudança de paradigma na política nacional. “É a restauração da credibilidade na política brasileira”. Lembrou que o 9 de dezembro é o Dia Internacional Contra a Corrupção. “Assim, esta é uma oportunidade para celebrar o que acontece no Brasil, com a Lava Jato e os movimentos sociais reconstruindo a democracia. Da mesma forma, nossas maiores instituições, antes desacreditadas, começam a recuperar sua credibilidade junto à sociedade”. Conforme o deputado peemedebista, esta chaga – a corrupção -, “ofende a homens e mulheres de bem, mas parece estar com os dias contados, resultado da obstinação de servidores públicos determinados, reunidos a partir de Curitiba, sob a liderança insofismável do juiz Sérgio Moro”. Para Tiago Simon, apesar dos percalços, o “Brasil, país da impunidade”, jargão imortalizado pelo ex-senador gaúcho e seu pai, Pedro Simon, pode estar com os dias contados. “O político gaúcho, que por décadas propugnou pela adoção de instrumentos para responsabilizar os corruptores e deter a volúpia da corrupção, vislumbra, na atualidade, a possibilidade de ver seu sonho tornar-se uma realidade irreversível”, previu. Segundo ele, a desconfiança que permeou os primeiros passos de grupo de policiais, procuradores e juízes não impediu a realização de um trabalho “que primou pelo rigor, correção e obsessão pelo respeito à lei e ao devido processo legal”. Na sequência, historiou passos e processos que se constituíram na construção de um dos mais importantes episódios da vida nacional. Submundo da venalidade “Com rara paciência, a força-tarefa da Operação Lava Jato prospectou os obscuros descaminhos do dinheiro público. Palmilhou os emaranhados do submundo da venalidade e deflagrou inúmeras intervenções nos quatro cantos do país, com ações primaram pela inexistência de proteção a quem quer fosse”. Sublinhou que os preceitos legais foram aplicados de forma indistinta a políticos, empresários, empreiteiros, diretores de estatais, doleiros e todo tipo de atravessador que se locupletou do erário público. Tiago Simon disse esperar que o Senado tenha sensibilidade para fazer retroagir os atrasos introduzidos pela Câmara Federal ao projeto de lei criado a partir das 10 medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal, “acatando a vontade majoritária da população brasileira, que exige mudanças de postura de seus representantes e dos agentes públicos em geral”, advertiu. De qualquer forma, voltou a enfatizar, “jamais, em tempo algum, houve tamanho esforço de investigação com esta envergadura, a partir da Lava Jato, culminando com a condenação e prisão de nomes de mais alta linhagem da política brasileira”. Responsabilização administrativa Aqui no Rio Grande do Sul, relatou, a Assembleia Legislativa, “honrando suas tradições de Casa de ressonância do povo, está em perfeita sintoniza com os novos ventos que brotam a partir de Curitiba”, citando proposição, de sua autoria (o PL 45 2015), dispondo sobre a aplicação, no âmbito da administração pública estadual, da Lei Federal nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que trata da responsabilização administrativa das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. Para Tiago Simon, “como acontece em nossas famílias”, o exemplo deve brotar de dentro de casa. “Nossa determinação aponta para a necessidade premente de uma nova postura, em que a ética, o respeito à coisa pública e a decência norteie as relações em nosso país. Isso é fundamental para resgatar os valores inerentes às relações humanas e que, em algum lugar, em algum tempo, se perderam. Nosso propósito, aqui, neste Parlamento e nesta tribuna, é lutar - sem trégua - em favor da extinção definitiva da chaga que tira o pão da mesa do trabalhador, que compromete a educação de quem precisa e que estimula a impunidade”, avisou. Em apartes, manifestaram-se os deputados Jorge Pozzobom (PSDB),Vilmar Zanchin (PMDB), Enio Bacci (PDT) e Frederico Antunes (PP).


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