Universidades do RS entram em greve contra PEC

Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entram em greve a partir desta terça-feira (22). Eles pedem a retirada da proposta em tramitação na Câmara de Deputados e Senado sobre o teto para os gastos públicos, e também da reforma do ensino médio.

A paralisação deve continuar até o dia 13 de dezembro, data na qual deve ocorrer a votação da proposta no Congresso.

No caso da UFRGS, a decisão foi tomada em assembleia realizada na última quarta-feira (16), após o cumprimento do intervalo de 72 horas, antes do início da paralisação.

Entretanto, ainda não é possível saber quantos dos 2,7 mil professores devem aderir à greve. O reitor da UFRGS foi notificado oficialmente da paralisação na última sexta-feira (18), após decisão definida na assembleia, que contou com a participação de 140 professores de 19 unidades.

Os professores também pedem a suspensão e a revisão do calendário acadêmico, o reconhecimento da legitimidade das ocupações estudantis, o respeito aos processos de consulta construídos nas unidades acadêmicas e nomeação de diretores eleitos.

Antes mesmo do início da greve, cinco unidades haviam suspendido as aulas e avaliações, como ocorreu na Faculdade de Educação, Instituto de Letras, Instituto de Artes, Escola de Educação Física, Fisioterapia e dança, e o Departamento de História.

Ao todo, 39 cursos tiveram ocupação de estudantes.

Já em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, a paralisação dos professores se soma a outras categorias, como técnicos-administrativos, que já estavam mobilizadas contra as propostas em tramitação no Congresso, desde o dia 3 de novembro.

Estudantes ocupam 15 prédios da UFSM desde o dia 8 de novembro, além de diversas manifestações, inclusive, contrárias à ocupação.

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