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Moradores da Capital se dizem reféns da violência


Cerca de cinco pessoas foram mortas por dia no Rio Grande do Sul nos últimos seis dias, totalizando ao menos 30 homicídios, sendo que a maioria ocorreu em Porto Alegre e na Região Metropolitana. No final da tarde de quarta-feira (16) um homem foi morto tiros na rua, no bairro Cruzeiro, Zona Sul de Porto Alegre. A maioria das mortes registradas nos últimos dias, no entanto, ocorreram na Zona Norte da capital gaúcha, assustando moradores dos bairros Mario Quintana e Rubem Berta, onde a reclamação é de que a violência só aumenta. “A gente não tem segurança, é difícil. A gente sai de casa pensando: ‘será que vou voltar bem?’. Às vezes, dá um tiroteio ali e pode acontecer de dar uma bala perdida, sabe? A violência está em peso, muita gente morrendo, a gente precisa de segurança, policiamento, polícia agindo, fazendo a parte dela”, desabafa o estudante Deivid Machado Oliveira. E os relatos de medo e insegurança se repetem na medida em que que conversa com a população nas ruas. “Todos os dias aqui dá tiro (...) 0h não dá mais para ninguém sair de casa de tanto tiro”, reclama a dona de casa Bruna Terezinha Silveira Flores. No bairro Rubem Berta, o medo faz parte da rotina, tanto que nas casas a quantidade de grades nas janelas e portas é grande, mesmo em avenidas movimentadas. E para não se tornarem vítimas, os moradores acabam obedecendo o horário imposto pelos criminosos. “A gente tem toque de recolher, a gente tem que fechar as portas, cedo, com medo… a gente tem muito medo, andamos pelas ruas com medo”, conta o cabeleireiro Idan da Silva. “A partir das 18h30, já estou em casa, porque se sair na rua, é assaltado. A pessoa não pode mais sair na rua, não pode mais ir em festa, não pode mais nada”, reclama.

Para tentar frear o aumento dos homicídios, o estado pediu ajuda do governo federal. Na semana passada foi publicado no diário oficial o envio de reforço de peritos e investigadores criminais. A ação faz parte do Plano Nacional de Segurança, que visa diminuir os índices de violência doméstica no país. “Além do incremento do policiamento ostensivo e mais integrantes da Força Nacional aqui em Porto Alegre, haverá também um acréscimo de policiais civis que não estavam na Força Nacional até esse momento, e também de peritos federais que vão se somar ao policiamento ostensivo junto com a Brigada Militar na investigação e na apuração de inquérito com a Polícia Civil e na perícia com o Instituto de Perícia”, afirma o secretário de Segurança Pública Cezar Schirmer.

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